terça-feira, maio 7

cinza e chuva.

A sobriedade que se ganha ao final de um dia de trabalho. Com o cheiro de terra molhada pela chuva. A paz e a harmonia com o ambiente. Uma paz que se esvai num instante ao entrar no silêncio de uma casa vazia com cheiro a cigarros. 

A impressão de que tudo é nada e o nada é tudo. O agora sai à velocidade da luz e o tempo foge de nós como se medo tivesse. O tempo tem medo do fogo.  Do fogo que consome os corpos. Deixa depois as cinzas para as apanharmos. Guardamos numa jarra que pode rachar ou sopramos para ver voar as cinzas da nossa vida, sem nada poder fazer para as segurar. Passa-se isto com as pessoas.

São cinzas. 

Voltarás? Como cinza ou jarra?

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