quarta-feira, fevereiro 26

Há tanto que te quero dizer

Há tanto que te quero dizer, que ás vezes parece que tenho tudo a sair-me pela boca, como se as palavras fossem brotar todas ao mesmo tempo. 

Quero dizer-te tantas vezes que tenho saudades tuas, que te quero aqui. Que estou cansada. Cansada de não estares perto. Cansada de não ter um abraço quando preciso. Cansada de não te poder beijar quando quero. Cansada de não ouvir palavras de carinho. Cansada de não poder libertar-me e viver este amor. Quero soltar as amarras, quero viver isto na sua plenitude, quero rir, quero ter longas conversas pela noite fora, quero correr para ti e abraçar-te quando te vir, quero sentir-me menina feliz ao teu lado, quero sentir-me apaixonada, quero ser feliz neste momento contigo.

Quero tudo. 

Agora. 

Já. 

Não quero esperar meses, semanas, dias. Não quero esperar pela sexta-feira, pelo sábado ou pelo domingo. Quero correr o mundo contigo. Quero conhecer-me melhor contigo. Quero mudar para melhor contigo. Quero entrar nos 30 contigo. Sonhar contigo. Viver a vida contigo. 

E estou cansada de esperar. 

Cansada.

E há tanto que te quero dizer. Quando ligas digo-te que tenho saudades tuas e o que se ouve é um então tudo bem? 
E tu respondes sim e contigo? 
Também estás a dizer que tens saudades minhas?

sábado, janeiro 11

Não estou bem.
Não estou nada bem.

Não entendo como continuo assim, ano após ano. Tenho medo, tenho tanto medo infundado. A minha mente é tão traiçoeira, é má e engana-me.

Sinto-me tão pequenina. A minha mente diz-me que não valho a pena, que sou uma merda, que não sou capaz. Hoje a positividade ficou na casa de banho, pelo chão derramada.

Sinto saudades de estar em paz e de estar confiante. Fodasse. Onde está essa rapariga? Onde está a mulher? Parece que estou à toa. Às apalpadelas na vida, a ver o que sai. Sinto-me mais sem rumo do que nunca. 

Contigo era simples, era confortável. É isso que não gosto certo? Mas porque tenho eu saudades disso? Porque não o tenho. Porque não estou bem. Porque tudo à minha volta é instável e preciso da segurança que me davas.

E tu? Que faço eu contigo? Tanto me fazes sentir no topo como na merda. Ou é a minha cabeça que faz isso? Quero dar-me e não consigo. Sinto-me pequenina. Não sei com o que posso contar. Quando preciso de um abraço não te consigo pedir. Quando notas que preciso de um abraço não mo dás e dizes-me para me animar. O que é isso? Não há um botão. Quero explicar as coisas e não consigo, tenho a minha mente entorpecida, como se constantemente embriagada. Não sei o que digo. Não sei o que faço. Contradigo-me. Sinto que me deixo levar. Sinto que és mais forte que eu. Sinto que sou pequenina. Sinto-me uma miúda perdida. Sinto-me no chão. O que é isto? Já não sei se me fazes bem ou mal. Tanto quero ver-te como quero estar sozinha. Sinto que não tens paciência e sobretudo que não me conheces o suficiente para aturar estas merdas.
E depois penso: eu. A rapariga independente. A rapariga que trata de tudo sozinha.

Em todos estes anos apagou-se um fogo em mim e não estou a conseguir avivá-lo.